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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ASSESSORIA EXECUTIVA E GESTÃO PÚBLICA E PRIVADA



ANA PAULA DA CRUZ HOLANDA BARROS
EUGÊNIA REGINA MENESES RIBEIRO
JANAINE MARQUES LEAL
LINDIBERTO BARBOSA BATISTA



GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS











FORTALEZA-CEARÁ
2012

GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS
















Trabalho apresentado à Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo, como requisito parcial para obtenção da Média da Disciplina Gestão de Pessoas do Curso de Especialização em Assessoria Executiva e Gestão Pública e Privada. Orientadora: Profª. Ms. Suzete Suzana Rocha Pitombeira.






SUMÁRIO


1.  INTRODUÇÃO ................................................................................................. 04

2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................. 05
 2.1. Conceituando Estratégia..................................................................................05
 2.2. Gestão de Pessoas.........................................................................................06
               2.2.1. Modelo de Gestão de Pessoas como Departamento Pessoal....................08
   2.2.2.Modelo de Gestão de Pessoas como Gestão Comportamento Humano.....08
   2.2.3. Modelo de Gestão de Pessoas Articulado por Competências.....................08
   2.2.4. Modelo Estratégico de Gestão de Pessoas.................................................09
     2.3. A Importância da Gestão Estratégica de Pessoas nas organizações...........09

3. METODOLOGIA...................................................................................................11

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................... .......................................................11

REFERÊNCIAS


1. INTRODUÇÃO

     Com a globalização e a progressiva cadeia de melhoria dos negócios e o avançar da tecnologia dos processos burocráticos, estudos e comprometimentos científicos e principalmente, a busca pela liderança de mercado no termo da produtividade e competitividade pelas empresas, foi cada vez mais percebido que todos esses fatores sem uma equipe de gestores conscientes e com um amplo envolvimento para com a empresa e seus colaboradores, de nada adiantariam sem uma visão estratégica por parte dos que a gerenciam.
Esse trabalho acadêmico tem o objetivo de definir a Gestão Estratégica de Pessoas, enfatizando alguns modelos de gestão de pessoas, apresentando os fatores que a determinam, bem como entender sua importância para a organização.
Inicialmente, faremos a fundamentação teórica do trabalho baseada na obra de diversos autores, passando pela definição de alguns conceitos importantes para o amplo entendimento dessa tecnologia, como: Estratégia, Estratégia Empresarial, Gestão de Pessoas, para melhor compreensão da Gestão Estratégica de Pessoas.
No capítulo seguinte, discorremos sobre a metodologia aplicada a pesquisa, que foi classificada quanto aos fins como descritiva e quanto aos meios como bibliográfica.
Por último, apresentamos algumas considerações a cerca da pesquisa e quão é importante as instituições entenderem os benefícios da aplicação desse modelo em suas diretrizes organizacionais.



2  REFERENCIAL  TEÓRICO
2.1. Conceituando Estratégia
        Strategos referia-se, inicialmente, a um papel (um general no comando de um exército. Posteriormente, passou a significar “ a arte do general”, ou seja, as habilidades psicológicas e comportamentais com as quais exercia seu papel. Ao tempo de Péricles (450 a. C), passou a significar habilidades gerenciais (administração, lideranças, oratória, poder). E, à época de Alexandre (330 a. C.), referia-se a habilidade de empregar forças para subjugar a oposição e criar um sistema unificado de governação global (1980:3).
                                                                               (Quinn, 1980)
                  
                   De acordo com Maximiano (2006), estratégia é “a seleção dos meios para realizar objetivos“.  A palavra foi herdada dos gregos, e diz respeito ao cargo e/ou a dignidade de ministro da guerra, ou seja, comandante de uma batalha, em Atenas. O mesmo autor fez um levantamento da definição de estratégia para diversos autores contemporâneos da administração, e segue aqui alguns dos conceitos definidos:
            Para Hamel e Prahalad (1995), definem a estratégia como o processo de construção do futuro, aproveitando competências essenciais da empresa. Já Bateman e Snell (1996), definem como o padrão de alocação dos recursos para realizar os objetivos da organização. Akker (2001) aponta que uma estratégia é geralmente baseada em competência organizacional que, por outro lado, é baseada em pessoas.
                  De acordo com Chaffee (1985) apud Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2000), segue os temas em comum quanto à definição do termo:
- A estratégia diz respeito à organização e ao ambiente;
- A essência da estratégia é complexa;
- A estratégia afeta o funcionamento da organização;
- A estratégia envolve questões relativas ao caminho determinado, assim como o processo de se determinar este caminho;
- A estratégia realizada quase nunca é a mesma que foi planejada;
- As estratégias existem em níveis diferentes da organização, do chão de  fábrica à alta cúpula;
- A estratégia envolve um exercício de definição de conceitos e análise da realidade.
Segundo Fleury (2002) a gestão estratégica é o processo de aplicação das funções administrativas, de planejamento, organização, direção e controle. (FRAGOSO, 2009).                                                                                                                                                                                                              
Pode-se dizer que estratégia é a forma que as organizações utilizam para se manterem competitivas no ambiente mercadológico, pondo em prática as principais etapas da gestão. Para se compreender a gestão estratégica é necessário elucidar os conceitos de vantagem competitiva, definida por Lacombe (2005) como “uma vantagem sobre os concorrentes, oferecendo mais valor para os clientes por meio de algo que o mercado valorize e os concorrentes tenham dificuldade em imitar”.
Portanto, a competitividade não está configurada apenas no valor agregado a preços. O que pode determinar essa competitividade é seguramente a capacidade de agregar valor e sustentá-lo em longo prazo e essa vantagem competitiva está intrinsecamente relacionada a gestão de  pessoas.


2.2. Gestão de Pessoas

                  A aceleração das mudanças tecnológicas gerou impactos na gestão de pessoas, pois as organizações perceberam que o capital humano era um fator decisivo para sua produtividade.
                  Para Gil (2007), Gestão de Pessoas é a função gerencial que privilegia a cooperação entre pessoas que atuam em organizações, buscando superar resultados empresariais, organizacionais e individuais.

        Gestão de pessoas “é o conjunto de decisões integradas sobre as relações de emprego que influenciam a eficácia dos funcionários e das organizações. Assim, todos os gerentes são, em certo sentido, gerentes de pessoas, porque todos eles estão envolvidos em atividades como recrutamento, entrevistas, seleção e treinamento” (CHIAVENATO, 2005).

                  De acordo com Chiavenato (2005) as pessoas passam a constituir o elemento básico do sucesso empresarial. Fleury (2002) afirma que a função de recursos humanos como subsistema da gestão evoluiu muito, dentro do processo de mudanças, desde a antiga função de pessoal, passando pela formação do departamento de recursos humanos, até assumir a posição estratégica. Desta forma as pessoas aparecem como um fator de alta relevância para a competitividade da organização.
                  Segundo Fisher (1992), entende-se por modelo de gestão de pessoas, a maneira pela qual uma empresa se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no trabalho. No que se refere a esse conceito, as empresas determinam mecanismos que melhor orientam estes gestores implementando diretrizes e averiguando o estilo de direção de cada um destes, sendo que cada caso, cada gestor, cada empresa, tem seu modo particular de enquadrar a gestão de pessoas, cabendo a cada um escolher a que melhor se molda ao tipo de negócio da empresa.        O desempenho destes modelos de gestão de pessoas, depende muito de seus fatores condicionantes, ou seja, fatores internos ou externos ao contexto organizacional, Fischer (1992) comenta alguns destes fatores:

  • Tecnologia adotada: O modelo de gestão de pessoas age nesse caso, inibindo a ação robotizada do indivíduo, sugerindo que ele estimule sua iniciativa dentro da empresa e assim espera que a tecnologia não demande apenas um tipo de comportamento automático do funcionário;

  • Estratégia de organização do trabalho: Práticas e métodos que esse modelo de gestão de pessoas busca alcançar para atingirem os mesmos objetivos, ou seja, determinado padrão de desempenho do trabalho.

  • Cultura organizacional: Modelos de gestão que tem como principal meta, reforçar o tipo de trabalho e o valor conferido a cada ser humano, como ponto fundamental a cultura de um grupo. De acordo com Fleury (1986), isso determina e exemplifica o porquê que engenheiros são mais valorizados em empresas de mineração, bem como, economistas se tornam referências em bancos, assim continuando em outras profissões.

  • Estrutura organizacional: Práticas de recursos humanos que percebe a empresa como um todo, incentivando a visão sistêmica, reciclando o indivíduo para que ele possa ser útil a toda a organização e não só ao departamento que ele irá atuar.

  • Fatores externos: São originados de duas maneiras, os sociais e os originados do mercado, sendo este, o fator principal na constituição do modelo, pois é o mercado que traça o perfil de competências organizacionais exigido pelo negócio do setor que atua.

                  Tornou-se claro que a partir do momento que as organizações tendem a preocupar-se mais com o comportamento humano, ganha espaço cada vez maior na teoria organizacional, surgindo assim o modelo de gestão de pessoas, cabendo a organização, identificar o modelo de maior coerência ao seu ramo de negócio, e melhor aproveitando das oportunidades. Diferentes modalidades de gestão de pessoas foram aparecendo em diferentes momentos históricos, cada qual com suas peculiaridades, Fischer (1992 ) nos apresenta alguns modelos, como:

2.2.1. Modelo de Gestão de Pessoas como Departamento Pessoal

                  Modelo tipicamente americano, consiste principalmente no trabalho voltado aos processos e os tramites burocráticos, surgiu com a percepção que os empregados geravam custos que deveriam ser administrados da mesma forma que os fatores de produção.
                  A época era o início do século XX e o modelo de gestão de pessoas, mais tarde chamado de administração de recursos humanos, tinha como meta que o empregado trabalhasse da forma mais efetiva possível, baseando-se na produtividade, recompensa e eficiência de custos. Mas segundo Springer (1990), por volta de 1920, a ideologia da administração científica começou a seguir novos rumos, se direcionando para a psicologia, determinando uma nova fase na história da administração de recursos humanos.

2.2.2.   Modelo de Gestão de Pessoas como Gestão do Comportamento Humano

                  O uso da psicologia no meio organizacional provocou novas orientações na área de gestão de recursos humanos, a base de intervenção começou a ser o comportamento humano, este modelo teve como base duas escolas da psicologia, a behaviorista e a humanista, entre as décadas de 1930 e 1940.
                  A escola behaviorista criou métodos conhecidos até hoje nas empresas de avaliação e desenvolvimento de pessoal, já a humanista focou realmente o comportamento humano, descobriu que a relação entre empresa-pessoa é notadamente intermediada pelos gerentes de linha, abrindo assim espaço para outro tópico importante, a capacitação do gerente de linha para que ele exerça adequadamente seu papel.
                  O slogan deste modelo de gestão foi “vestir a camisa da empresa”, pois causava a impressão que mantendo esse slogan os dirigentes manteriam as pessoas nas empresas, esse modelo acabou se tornando o mais conhecido e influente da história da teoria organizacional.


2.2.3.   Modelo de Gestão de Pessoas Articulado por Competências

Baseado em competências, este modelo de gestão de pessoas, foi criado pois a competitividade exigia novo papel da gestão de recursos humanos, para se entender melhor o modelo de gestão, foi dividido em alguns temas como a vantagem competitiva, reengenharia e competências.

2.2.4. Modelo Estratégico de Gestão de Pessoas

Na década de 1970 e 1980, a estratégia foi introduzida no modelo de gestão de pessoas, rompendo com as escolas comportamentais, foi notado que  não bastava os indivíduos estarem satisfeitos, seria preciso também tudo isso se harmonizar nas estratégias da empresa.
Segundo Staehle (1990), a visão desses autores era de que a gestão de pessoas deverá buscar o melhor encaixe possível com as políticas empresariais e os fatores ambientais. Para isso, os planos estratégicos dos vários processos de gestão de recursos humanos seriam derivados das estratégias corporativas das empresas.
                  Chiavenato (2005) explica que para mobilizar e utilizar plenamente as pessoas em suas atividades, a gestão de pessoas está mudando os seus conceitos e alterando as suas práticas gerenciais, assumindo novos status, o estratégico, elaborando diretrizes alinhadas as estratégias empresariais.
                  Sobre isso Chiavenato (2002) discorre “em vez de investirem diretamente nos produtos e serviços, as organizações estão investindo nas pessoas que entendem deles e sabem criá-los, desenvolvê-los, produzi-los e melhorá-los.”
                  Fisher (1992) salienta um aspecto importante desse novo olhar para os colaboradores das organizações, enfatizando que as empresas não estão se tornando mais humanas e sim que elas apenas perceberam que quanto mais os negócios se sofisticam, em qualquer de suas dimensões, mais seu sucesso fica dependente de um determinado padrão de comportamento humano.

2.3.A Importância da Gestão Estratégica de Pessoas nas organizações

                  Atualmente manter a competitividade em evidência é um desafio permanente para todas as empresas. Faz-se necessário revisar as bases do modelo organizacional, pois ocorreu uma ruptura que abre a oportunidade para as mudanças, e a parti do momento em que se decide buscar os processos de mudanças a diretriz a seguir é investir numa política de gestão estratégica de pessoas.
  Segundo Chiavenato (1999), a Gestão Estratégica de Pessoas altera significativamente o processo de gestão estratégica das organizações e apresenta consideráveis benefícios ao processo de gestão como um todo, a saber: diminuição dos riscos no processo de tomada de decisão; incorporação de posicionamento estratégico e de visão de futuro; ampliação do conhecimento e da situação competitiva da organização; identificação de parcerias e alianças estratégicas; antecipação das transformações oriundas das mudanças do ambiente organizacional.
Somente as pessoas e a cultura organizacional podem representar a identidade diferencial que se procura em um ambiente altamente competitivo. Gasalla (2007), diz que os ciclos de vida dos produtos, processos, tecnologias são cada vez mais curtos, por conseguinte, é muito mais difícil que possam representar a todo instante um diferencial. Investir nas pessoas em seu ambiente de trabalho evoca na cultura empresarial a eficiência em todos os processos organizacional.
A gestão estratégica de pessoas passa a ser então o cerne do modelo, o ponto de partida, o guia que indica o rumo a ser tomado pelas empresas e poderá ser implantada de acordo com as proporções e necessidades mercadológicas.
Segundo Souza (1978), somente com a implantação da Gestão Estratégica de Pessoas nas organizações pode-se gerar a inteligência empresarial e, para isto, os gestores devem assumir a postura de empreendedor do processo, dispondo de tecnologias de comunicação e informação apropriadas, criando a cultura organizacional proativa e, pela dificuldade cultural ou organizacional, deverão propiciar treinamento para todo o pessoal da organização, começando pelos diretamente envolvidos no processo.
Agregar pessoas no processo de gestão estratégica faz-se necessário analisar o conhecimento, habilidades e experiências dos respectivos profissionais que fazem parte da organização, ou seja, faz necessário dentro de cada estratégia ter a pessoa certa, no lugar certo, onde a mesma seja responsável para atender as necessidades dos processos.
Cabe às empresas criarem um espaço, estimular o desenvolvimento e oferecer o suporte e as condições para uma relação de alavancagem mútua das expectativas e necessidades. As empresas não conseguirão fazê-lo sem estar em contínua interação com as pessoas, e ao fazê-lo, conseguirá alavancar sua competitividade profissional e de sua carreira. Dutra (2002).
A gestão estratégica pessoas se tornará em fim a base racional para o desenvolvimento coletivo das experiências humanas dentro das organizações, criando uma rede de parcerias e práticas, agregando valor profissional dentro da administração nas empresas. Segundo Drucker (1998), a estratégia global para o sucesso da administração envolve os aspectos: estratégia, cultura organizacional e as pessoas que compõem a organização.

3.         METODOLOGIA
                  Para fins de classificação dessa pesquisa usaremos como base a taxionomia apresentada por Vergara (1990), que classifica a pesquisa em dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios.
                  Quanto aos fins, esse trabalho utilizou a método de pesquisa descritivo, que segundo Vegara (1990) essa pesquisa expõe características de determinado fenômeno.
                  Quanto aos meios, utilizamos a pesquisa bibliográfica para a fundamentação teórico-metodológica do trabalho, pois entendemos ser a mais adequada a situação e melhor atendia aos objetivos  desse trabalho.


4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

      O ambiente organizacional está cada vez mais complexo, pois sofre constantes mudanças que afetam diretamente as organizações. Tais mudanças se justificam pela o aparecimento das distintas tecnologias nos âmbitos mundiais.  Nesse ambiente complexo, as organizações manifestam a necessidade de se manterem competitivas no mercado, para isso precisam gerenciar estratégias que promovam seu desenvolvimento.
                 As organizações possuem um recurso primordial que são as pessoas, que devido às modificações mercadológicas se tornaram um ponto chave na busca pela produtividade. A atenção centrada em cargos vem mostrando fragilidades diante do ambiente de complexas modificações pela qual vem passando as organizações. Como conseqüência, a gestão de pessoas está constantemente sofrendo transformações.
                   É importante para as empresas manterem boas relações de trabalho com seus colaboradores, baseadas no respeito mútuo, cultivando a comunicação entre os clientes internos e externos. Deste modo, gerir pessoas está ligado não somente com o fato de lidar com as mesmas, mas de compreender que as pessoas interagem de forma dinâmica, possuindo valores, crenças e informações que estão ligadas com as decisões da empresa, por isso a importância da interligação desses aspectos para atingir os melhores resultados.
      A gestão estratégica de pessoas auxilia na busca por obter resultados satisfatórios para as organizações, obtendo vantagem competitiva por meio das pessoas que a compõe, satisfazendo da melhor forma as necessidades dos colaboradores, ao passo que os valoriza no seu ambiente de trabalho.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AAKER, David A. Administração Estratégia de Mercado. 7ª Edição. Porto Alegre:
Bookman, 2007.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro. Ed. Campus. 1999.

CHIAVENATO, , Idalberto. Gerenciando Pessoas: como transformar os gerentes em gestores de pessoas. São Paulo: Prentice Hall, 2002.

CHIAVENATO, , Idalberto. Gestão de Pessoas. São Paulo: Campus, 2005.

DRUCKER, Peter. Inovação e espírito empreendedor: prática e princípios. São Paulo. Ed. Pioneira. 1998. 

DUTRA, J. S. Gestão por Competências. São Paulo: Gente, 2001.

FLEURY, M. As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002.

GASALLA, Dapena José Maria. A nova gestão de pessoas: O talento executivo. São Paulo: Saraiva, 2007.

HAMEL, Gary & PRAHALAD, C.K. Competindo pelo Futuro. 10a. ed., Rio de Janeiro:
Editora Campus, 1995.

MAXIMIANO, A. Teoria geral da administração. 6. edição.São Paulo:Atlas, 2006.

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B; LAMPEL, J. Safari de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

MINTZBERG, H; LAMPEL, J; QUINN, J;GOSHAL, S. O Processo da Estratégia: conceitos, contextos e casos selecionados. 4.ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.

SOUZA, Edela Lanzer Pereira. Clima e cultura Organizacional. Porto Alegre. Mimeo. PPGA/UFRGS. 1978

SPRINGER, B., SPRINGER, S., Human resource management in the U.S.: celebration of its centenary. In: PIEPER, R. Human resource management: an international comparison. Berlin/New York: De Gruyter, 1990.

STAEHLE, W.H. Human resource management and corporate strategy In: PIEPER, R. Human resource management: an international comparison. Berlin/New York: De Gruyter, 1990.

VERGARA, S. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2003.

Trabalhos Científicos

FISHER, A. I., Impactos do Proalcool nas relações de trabalho da agroindústria canavieira. 1992. _____A constituição do modelo competitivo de gestão de pessoas. São Paulo. PPGA/FEA-USP, 1998. Tese de doutoramento. Mimeo..
REVISTAS
REBRAE. Revista Brasileira de Estratégia, Curitiba, v. 2, n. 3, p. 307-315, set./dez. 2009.



UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC
FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ASSESSORIA EXECUTIVA E GESTÃO PÚBLICA E PRIVADA



KARLA SHISLENY DE CASTRO AGUIAR
KARMEM INÊS DA SILVA MARQUES
MARIA ADRIANA MESQUITA BRAGA SIMÕES
ROSANE GLÁUCIA MOREIRA BARBOSA CASTRO




GESTÃO DE TALENTOS









FORTALEZA-CEARÁ
2012

KARLA SHISLENY DE CASTRO AGUIAR
KARMEM INÊS DA SILVA MARQUES
MARIA ADRIANA MESQUITA BRAGA SIMÕES
ROSANE GLÁUCIA MOREIRA BARBOSA CASTRO






GESTÃO DE TALENTOS






Trabalho apresentado à Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo, como requisito parcial para obtenção da Média da Disciplina Gestão de Pessoas do Curso de Especialização em Assessoria Executiva e Gestão Pública e Privada. Orientadora: Profª. Ms. Suzete Pitombeira.












FORTALEZA-CEARÁ
2012
SUMÁRIO


CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO....................................................................................... 04
                                   
CAPÍTULO I I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................... 05
                           
CAPÍTULO III -       TALENTOS..................................................................................... 06
                        
3.1 Definição......................................................................................................................... 06

CAPÍTULO IV - GESTÃO DE TALENTOS................................................................... 08

4.1 Por que Gestão de Talentos?...................................................................................................................... 08

4.2 Definição................................................................................................................... 09

CAPÍTULO V - A IMPORTÂNCIA DOS TALENTOS PARA AS ORGANIZAÇÕES..........................................................................................................11

CAPÍTULO VI - IDENTIFICAÇÃO DE TALENTOS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL ..........................................................................................................13

CAPÍTULO VII - COMO TREINAR E DESENVOVER UMA EMPRESA...................14
                           
CAPÍTULO VIII - COMPROMETIMENTO................................................................... 17

8.1Definição......................................................................................................................................... 17

8.2 O que Aumenta o Comprometimento dos Talentos com a Organização.......................................... 17

8.3 O que Diminui o Comprometimento dos Talentos com a Organização.............................................. 19

CAPÍTULO I X - POR QUE AS ORGANIZAÇÕES PERDEM TALENTOS................. 20

CAPÍTULO X - RETENÇÃO DE TALENTOS................................................................. 22

CAPÍTULO XI - CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................. 25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................ 27


                                          


CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO

Muito tem se falado sobre Gestão de Talentos. Um enfoque estratégico, cujo objetivo principal é criar valor, não só para os acionistas e clientes, mas também para seus colaboradores, obtendo os resultados necessários para que a empresa seja competitiva no presente e fundamentalmente no futuro.
Os indivíduos com talento integram grandes benefícios ao desempenho dos negócios das corporações, possuem habilidades de alto valor e um conhecimento profundo, não somente de trabalho, mas também dos negócios onde se encontram imersos.
A gestão de talentos deve ser uma filosofia de trabalho, que se baseia na gestão integral do potencial humano, onde se enfatize o plano de carreira e um desenvolvimento profissional e pessoal do indivíduo, combinando de forma harmônica os interesses pessoais e da empresa.
Afinal, a gestão de talentos visa à maximização do desempenho humano, através de um modelo "participativo" de gestão estratégica de pessoas.
O presente estudo se deu a partir de pesquisas bibliográficas, onde se pretende mostrar um modelo de Gestão focado num contexto atual nas organizações, considerando que a Gestão de Talentos vem sendo trabalhada no ambiente das mais variadas empresas, pois a valorização do intelectual humano mostra o  perfil desse novo modelo de Gestão.
Com relação ao trabalho, num primeiro momento será mostrado as definições de talento e gestão de talentos; em seguida, a importância dos talentos para as organizações, como identificá-los e o porquê as organizações perdem seus talentos. Finalizando será evidenciada a necessidade do comprometimento e ainda a retenção de talentos, pois administrar o talento tornou-se a mais importante e desafiadora tarefa dos gestores e das organizações.








CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O referencial teórico que fundamentará este trabalho se constitui no testemunho das necessidades de pesquisar as principais bibliografias existentes e avaliar aspectos relacionados à preparação gerencial para a retenção dos talentos na organização. Explicitam-se também os motivos que levam os funcionários talentosos a optarem pela permanência na empresa.  As obras inicialmente consultadas permitem a compreensão da importância do capital intelectual, do comprometimento e da retenção dos talentos de cargos gerenciais e operacionais nas empresas, como fundamentais para que elas consigam obter vantagem competitiva em relação às concorrentes e, assim, vencer a guerra no mercado pelos talentos. 
Mostrará a importância dos gestores serem donatários de conhecimentos, habilidades e competências necessárias para liderar pessoas talentosas no mundo contemporâneo dos negócios. Destacando a importância do comprometimento com essa estratégia de retenção de talentos para que os gestores possam motivar esses talentos e utilizar a mão de obra deles eficientemente no ambiente do trabalho.
Além disso, utilizar os fatores satisfação e de motivação extrínseca e intrínseca desses subordinados, para que possam levar pessoas a permanecerem vinculadas à empresa comprometidas com os resultados e alinhadas às estratégias.  
As teorias apresentadas procuram demonstrar a variedade de definições importantes sobre talentos, competências, capital intelectual, satisfação e comprometimento de pessoal. Tudo isso com o objetivo de articular idéias que conduzirão à formulação de um novo pensar, reaver antigos paradigmas. Esses conceitos e a importância deles para a elaboração deste estudo são discutidos, na sequência, mais detalhadamente.



CAPÍTULO III - TALENTOS

 3.1 Definição

A literatura apresenta uso relativamente recente da terminologia talento, comum para nomear pessoas que se destacam em algum campo artístico ou do saber. Ao recorrer à etimologia e à origem do termo, a origem latina, talentum, deriva do grego tãlanton (Cunha, 1982). Dentro dos enunciados atuais, busca-se a definição com a inspiração no perfil de competências, características e resultados alcançados pelos talentos.
Talento, segundo a maioria dos especialistas e autores, é a soma dos conhecimentos e competências que uma pessoa possui, acompanhados de um alto compromisso com o trabalho.
Pode-se afirmar então que, o talento é um elemento de alto valor estratégico e como tal deve ter seu valor agregado, atualizado e protegido.
Para Michaels, Handfield e Axelrod (2002), talento é o conjunto de habilidades de uma pessoa: dons, conhecimento, experiência, inteligência, discernimento, atitude, caráter e impulsos inatos, e que inclui ainda a capacidade de aprender. Salibi Neto (2002) afirma que ser talentoso é enxergar a distância: o quanto ele enxerga mais longe, ou seja, investe hoje, com objetivos futuros.
 De acordo com Jebaili (2002) os talentos buscam ocupações que ofereçam desafios e espaços para o desenvolvimento de novas habilidades.  Eles buscam esses desafios e por isso são identificados como pessoas de visão, como afirmam acima Michael, Handfield  e Axelroad (2002).  
Para Dreher et al (1999),

talento é a capacidade de mudar e se adaptar a novos ambientes. Ter raciocínio privilegiado, sólida formação acadêmica e vasta cultura geral. Adicionalmente os autores destacam que os talentos também devem possuir capacidade de liderança, alto desempenho e sólido conhecimento técnico, além de sensibilidade, habilidade de relacionamento interpessoal e capacidade para trabalhar em equipe. 

Rittner (1994) também propõe a ampliação das características que confirmam o perfil do talento.  Destaca outros atributos como criatividade, iniciativa, capacidade para lidar com situações ambíguas e propensão em assumir riscos.  Enfatiza a questão da criatividade, principalmente por ser a habilidade que permite a esses profissionais a busca constante por melhores resultados.
Segundo Salibi Neto (2002), algumas qualidades necessárias aos talentosos merecem especial atenção: ética e honestidade como características basilares; pessoas com idéias e energia próprias e que, por isso, não ficam à espera, fazem acontecer; pessoas interessadas em aprender e que estejam sempre receptivas a melhorias e ao aperfeiçoamento; pessoas afeitas a contribuir e profissionais envolvidos que gostam do que fazem e que sentem prazer na realização do trabalho.




CAPÍTULO IV - GESTÃO DE TALENTOS

4.1 Por que Gestão de Talentos?

O custo da força de trabalho é a maior categoria de gasto para a maioria das organizações. Automação e análise de processos de recrutamento e contratação de trabalhadores prevê a visibilidade imediata e insights[1] que você precisa para melhorar significativamente sua linha de fundo.
O futuro deste novo modelo de gestão está vinculado em soluções concebidas a partir do “solo” para fornecer funcionalidade de negócios centrada em uma plataforma unificada de gestão de talentos. Decisões que são tomadas verticalmente, sem prévia consulta do “chão de fábrica/empresa” estão fadadas ao fracasso, pois é evidente que não corresponderão à realidade. Cabe aqui ressaltar a interação dos diversos setores de sua empresa.
Como quase todos os fatores competitivos de negócio tornaram-se commodities[2], o talento é o que conduz finalmente o sucesso do negócio e cria valor. As organizações dependem de soluções e serviços  para avaliar, adquirir, desenvolver e alinhar talento com os objetivos de negócio, reduzindo significativamente os custos do processo, melhorando a qualidade de contratar, reduzindo riscos e alcançar níveis mais elevados de desempenho.
Hoje em dia, corremos o risco de transformar a Gestão de Talentos exclusivamente em estratégias de mensuração de talentos. Vale lembrar que estamos falando de seres humanos. A visão, por sua vez, fundamenta-se nas habilidades e competências de seus colaboradores.
 Conheça-os, converse, partilhe, aproxime-se. Desenvolva um processo empático. Ser humano só desenvolve-se quando é visto como ser humano e não apenas como mais uma engrenagem do processo.
A Gestão de Talentos é capaz de gerir talentos quando se desenvolve na empresa uma Gestão de Relacionamentos! Este por sua vez, é construído no cotidiano da organização.
Numa organização centrada em administrar seus talentos, não há espaço para a convivência com a tradicional área de RH.
A Gestão de Talentos é um passo crucial para as organizações que trabalham sua visão estratégica, na busca da transformação para alavancar vantagem competitiva. A Gestão de Talentos justifica-se porque o fator essencial de qualquer organização é o talento. A qualidade de seus colaboradores é o seu verdadeiro diferencial competitivo. Onde as pessoas são a diferença a Gestão de Talentos é a estratégia.

4.2 Definição

Pode-se conceituar inicialmente gestão de talento como, um tipo de banco de dados que dispõe de um conjunto de informações sobre as pessoas de determinada organização, abrangendo informações cadastrais e profissionais; e ainda, como sendo a forma que as empresas vencedoras utilizam ao reinventar um modelo de atrair, gerir, estimular, remunerar, capacitar, avaliar e premiar os seus colaboradores.
Teixeira Filho (2003), afirma que:

"Gerir Talentos é diferente de gerenciar recursos humanos. As pessoas não são recursos colocados à disposição da empresa. As pessoas são os talentos que diferenciam positivamente a empresa em seu mercado e os talentos de uma organização são as suas vantagens competitivas... em carne e osso".

Geringer (2001) afirma que é mais fácil observar do que explicar o que seja o talento. O talento deve ser definido como somatório de atributos, dentre eles o reconhecimento de opiniões e a eficácia no alcance de resultados. Os profissionais de talento são funcionários que por meio de opiniões e, principalmente, das ações desenvolvidas por eles, impulsionam a empresa no sentido da eficácia e do lucro.
De acordo com DeLucca Neto (1999), conceituar talento não é tarefa simples como parece. É claro que todos sabem o que é a pessoa talentosa. No entanto, no universo empresarial essa premissa não basta.  O que importa para as empresas é atingir, sem errar, os objetivos programados.  Isso faz do talento um conceito deveras específico e sujeito a idiossincrasias que dificultam sobremaneira a definição exata do termo. 
Mendonça (2002) diz que empregados talentosos são os que fazem o diferencial das organizações.  São profissionais que detêm competências de difíceis aquisições e de importância estratégica para a competitividade, continuidade ou até mesmo para a sobrevivência de determinadas empresas. 
O’Reilly  e  Pfeffer  (2001)  afirmam  que  as  empresas  precisam  de  talentos,  mas  é  também necessário  algo  mais  difícil,  ou  seja,  culturas  e  sistemas  nos  quais  essas  pessoas  possam utilizar esses talentos e práticas gerenciais que obtenham resultados da maioria. 
Para Lemann (2001) a pessoa talentosa é ética e honesta. É capaz de lidar corretamente com os pares de dentro e de fora, além de não se envolver com politicagem interna, tem idéias próprias e energia. Não são passivas e demonstram iniciativa em todos os momentos, buscam o aperfeiçoamento e contribuem para o resultado do grupo. Aprimoram-se constantemente, orientam os mais jovens e tem prazer no trabalho em e para a equipe. 
DeLucca Neto (1999) encorpa a lista, ao incluir o dinamismo e o espírito empreendedor como fatores relevantes do perfil dos talentosos.

  
CAPÍTULO V - A IMPORTÂNCIA DOS TALENTOS PARA AS ORGANIZAÇÕES

No mundo globalizado, para que tenham diferencial competitivo em relação às concorrentes, as empresas cada vez mais terão que proporcionar novo e maior equilíbrio entre o atendimento das necessidades dos clientes, acionistas e empregados, com a oferta de melhor remuneração e de benefícios maiores.
As organizações, também, por sofrerem grandes mudanças pelos efeitos da economia da informação, da globalização e das transformações demográficas, estão sendo obrigadas a viver nova era nos negócios, a Era do Talento. É muito provável que só serão bem sucedidas as organizações capazes de atrair, administrar e, principalmente, reter os talentos necessários para gerir os negócios. As empresas, no passado não muito distante, eram bem sucedidas se controlassem apenas os recursos físicos. Hoje, o talento é efetivamente a riqueza essencial e fundamental para o sucesso dos negócios empresariais.
As empresas terão que se tornar cada vez mais competitivas, já que os profissionais de talento passarão a ser mais  importantes para o sucesso do empreendimento do que qualquer outro recurso. Dessa forma, a chamada “Era Corporativa”, na qual o funcionário tinha tarefas bem definidas e obedecia à hierarquia previamente estabelecida, cede lugar à “Era do Conhecimento” (“Era do Talento”), período onde a iniciativa e a criatividade das pessoas talentosas prevalecerão diante dos requisitos de outrora.  
Vale dizer ainda que os  talentos são  importantes para as organizações. Isso acontece porque sempre que houver crescimento econômico no mercado brasileiro, aumentará de forma crescente a disputa por ganhos de produtividade das empresas. Serão esses profissionais talentosos que conduzirão as empresas a nesse nível de competição global. Segundo Wriston (1994), 

o  Capital  intelectual é a  posse do  conhecimento,  experiência aplicada,  tecnologia organizacional,  relacionamento  com  os  clientes e habilidades profissionais que proporcionam à empresa vantagem competitiva no mercado. A nova fonte de riqueza não decorre mais de natureza material, mas consiste de informação, de conhecimento aplicado ao trabalho para criar valor.

Os talentos também são importantes para as organizações porque geralmente apresentam características marcantes, entre elas: criatividade; liderança eficaz; responsabilidade; senso de observação; urgência; realismo e persistência.  Tudo isso há de significar resultados significativos para a organização.  Dessa maneira, a retenção de talentos será a vantagem competitiva que as empresas e os gestores terão que praticar, a fim de firmar posição no mercado e vencer a concorrência nos segmentos em que atuam ou pretendem atuar. Serão os empregados talentosos, mais do que qualquer outro recurso, que farão a grande diferença e trarão os mais excelentes resultados para os negócios.


  

CAPÍTULO VI - IDENTIFICAÇÃO DE TALENTOS NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL


Talento. Uma palavra que reúne apenas três sílabas, mas que ocupa um grande espaço no âmbito organizacional. Isso não é por acaso, afinal, são as pessoas que fazem o diferencial, aquelas consideradas como talentosas que se tornaram alvo e desejo de todas as organizações. A questão é: como identificar um talento quando se está diante dele? Essa não é uma tarefa fácil, pois o potencial de um profissional pode ser podado por vários fatores.
Pode-se citar como exemplo, a atuação de um chefe que usa o "poder" para ofuscar e oprimir a equipe ou, então, a ausência de ações direcionadas para saber se dentro da própria organização existem funcionários que não receberam a oportunidade necessária para expressarem o valor que podem agregar ao dia a dia corporativo.
Durante o processo seletivo pode-se identificar as características e as habilidades que um profissional apresenta e que poderão agregar para a empresa, no qual uma das etapas constitui-se em entrevista por competências. Neste tipo de avaliação é possível que o candidato discorra sobre situações vivenciadas em sua trajetória profissional. Também é possível a identificação através de simulações de determinadas situações e cenários. Nesta etapa é possível avaliar como o profissional comporta-se diante do contexto, quais suas atitudes e também as soluções apresentadas por ele. Para isso, é importante que o selecionador tenha claro o que a empresa busca, o momento pelo qual a organização esta passando, seus objetivos e sua cultura. Dessa forma, ele poderá identificar se o profissional apresenta as características que se ajustam àquela organização e, de fato, aplicar seu talento, alinhando objetivos pessoais e profissionais do candidato aos objetivos da organização.




CAPÍTULO VII - COMO TREINAR E DESENVOLVER UMA

EMPRESA



A partir do momento que os líderes realmente acreditam que através do desenvolvimento das suas equipes poderão ter um resultado na perpetuidade e lucratividade da sua empresa, é o momento de estruturar um plano para chegar a estas metas.
Este plano começa com a conceituação de fundamentos básicos:
a) O primeiro fundamento a ser conceituado é a função de treinamento que é qualquer atividade que contribua para tornar uma pessoa competente para exercer as suas atividades, aumentar sua capacidade para suas funções atuais e prepará-la para novas oportunidades.
b) O segundo fundamento oriundo deste conceito é a questão de competência. Competência é a soma de conhecimentos, habilidades e atitudes. Portanto para julgar se um colaborador é competente é preciso analisar três aspectos que se complementam. A próxima ilustração esclarece e bem este conceito.



Estruturando um plano de treinamento
Segundo as normas da ISO 10015, o Processo de Treinamento deve ser dividido em quatro etapas:
a)    Identificação das necessidades de treinamento;
b)    Planejamento e programação do treinamento;
c)     Execução do treinamento;
d)     Avaliação dos resultados do treinamento.
 Identificação das necessidades de treinamento
O gestor neste momento precisa ter uma visão clara dos membros da sua equipe para poder fazer a clara identificação das reais necessidades de treinamento. É neste momento que ele identifica o nível de eficiência e competência do seu colaborador e compara com os níveis desejados para aquela função.
A partir disso o líder começará a construir o que seus colaboradores deverão aprender para atingir o patamar desejado para executar a sua função com maestria.

Planejamento e programação do treinamento
A partir do momento que as lideranças identificarem as reais necessidades de treinamento, o planejamento do programa de treinamento irá desenvolver a estrutura do conteúdo a ser abordado, de forma sinérgica com o público-alvo e da cultura da empresa. Neste momento também se defini os recursos que serão necessários para atingir este objetivo.
Uma forma simples de estruturar esta fase é usar a ferramenta 5W2H, que apesar do nome lembrar uma fórmula química, nada mais é do que transcrição em inglês de perguntas fundamentais em qualquer planejamento.

Execução do treinamento
A execução do treinamento é o ápice de todo um planejamento. Se a execução não for bem feita compromete-se todo o programa. Para isso devem-se concentrar esforços para que esta parte do processo seja bem sucedida.

Avaliação dos resultados do treinamento
Indicadores são essenciais ao planejamento e controle dos processos das organizações porque possibilitam o estabelecimento de metas quantificadas. Com base nestes indicadores pode-se elaborar análises críticas do desempenho dos processos de treinamento e desenvolvimento, e redirecionar caso seja necessário, para novos pontos onde pode atingir os objetivos previamente traçados.
Segue abaixo alguns exemplos de indicadores que pode ser utilizado para avaliar um programa de treinamento:
a)    índice de satisfação de clientes;
b)    tempo médio de produção;
c)     taxa de assiduidade;
d)    taxa de rotatividade;
e)     taxa de não conformidades;
f)     crescimento de vendas;
g)     aumento de lucratividade da empresa.

Treinamento não substitui gerenciamento
Como forma de conclusão e reflexão, não se deve considerar o treinamento como uma ferramenta única de desenvolvimento das equipes. Ele não substitui o gerenciamento adequado das equipes e cabe aos bons líderes colaborarem para que o aprendizado obtido nos treinamentos torne-se uma ferramenta efetiva de sucesso. A melhora das competências de um membro da equipe não depende somente dele. Depende também da equipe e principalmente dos gestores que irão apoiá-lo e conduzi-lo para patamares superiores de performance.




CAPÍTULO VIII - COMPROMETIMENTO

8.1 Definição

Para Bastos (1994), o conceito de comprometimento pode assumir o significado de ações por vários conceitos – envolvimento, identificação e apego. No entanto todos esses parecem assumir a dimensão principal de engajamento no curso de ação.
De acordo com Medeiros  et  al  (2002)  (apud  Mowday,  Steers  e  Porte,  1979),  comprometimento afetivo é a relação forte entre um indivíduo identificado e envolvido numa   organização em particular, e pode ser caracterizado por   pelo menos por  três fatores: (1) estar disposto a exercer esforço considerável em benefício da organização; (2) forte crença e aceitação dos objetivos e valores da organização; (3) forte desejo de se manter  integrante da organização.  Para os autores, o comprometimento afetivo é um estado de ser em que o indivíduo, levado por ações e por intermédio delas, acredita que elas sustentam as atividades do próprio envolvimento. 
O comprometimento deve ser compreendido como forte elo do talento com a organização, que o estimula a esforçar-se e desprender energia, lealdade, competências e habilidades em prol dos resultados organizacionais.  Nisso, o gestor tem papel fundamental para alinhar e comprometer os talentos com os resultados e as estratégias da empresa.

8.2 O que Aumenta o Comprometimento dos Talentos com a Organização

O comprometimento das pessoas é sem qualquer dúvida um dos aspectos mais desejados por qualquer organização.  Quanto mais competitiva e moderna, mais interessa a essas organizações que os empregados estejam envolvidos e comprometidos com as estratégias, missões e a busca de resultados.
Para Sá e Lemoine (1999), aquele que é comprometido, é identificado e adere aos objetivos e valores da organização. É capaz de exercer esforços; de ir além do que a função exige para ajudar a empresa a atingir os objetivos e a reforçar os valores. O investimento profissional que o comprometido empreende, leva-o a adotar comportamentos bem particulares com o objetivo de levar benefícios à organização: sentimento de responsabilidade; adesão e trabalho suplementar.  Esse é o perfil ideal de empregado que a empresa espera nesses períodos de evolução rápida onde ela deve se preparar para eventuais mudanças. Do lado dos empregados, existe a possibilidade do desenvolvimento de projeto pessoal que ficará na dependência da cultura da empresa, isto é, o que ela é capaz de oferecer ao funcionário que possa corresponder às expectativas.
 Sá e Lemoine (apud Michel,1998) suscitam que os ganhos de comprometimento  se  dirigem primeiro ao indivíduo: valorização de si próprio e desenvolvimento pessoal. Ainda segundo esses autores, o comprometimento corresponde à noção de coerência entre sistemas de valores culturais: quanto mais o funcionário identifica-se com os valores, mais ele será comprometido com a empresa.
Hackman e Olfhan (1975), ao analisarem o impacto das tarefas sobre os níveis de comprometimento, concluíram que é possível associar os níveis mais elevados de comprometimento aos trabalhos percebidos como mais complexos e enriquecidos. Para confirmar essa conclusão, Mowday  et  al  (1982) relacionam  os  elementos que integram as variáveis características do trabalho, que também influenciam no comprometimento organizacional: desafios enfrentados no trabalho; autonomia; responsabilidade; diversidade de atividades e oportunidade de interação social. 
Bastos (1994) relata que três grandes conjuntos de práticas organizacionais estimulam o comprometimento: produtos gerados pelos processos de seleção; treinamento e qualificação; política de reconhecimento e recompensas.
Para Harman e Hormann (1990), as pessoas devem ter a capacidade de interferir de forma significativa nas condições que as afetam. Esses autores assinalam que para as pessoas criativas, o que mais se deseja no ambiente organizacional é a sensação de fazer parte de uma organização produtiva para a sociedade.
Para Borges Andrade et al (1990), para os empregados se comprometerem com os objetivos e metas da empresa precisam ter, na seguinte ordem de importância:
a) Satisfação geral com a empresa;
b) Satisfação no relacionamento com os colegas e as chefias;
c) Satisfação com as tarefas realizadas e de que forma são distribuídas;
d) Satisfação e interesse pela atividade de trabalho;
e) Satisfação com a segurança existente para realizar o trabalho;
f) Satisfação com o salário e o sistema de benefícios; 
g) Satisfação com a sua supervisão.
Bandeira, Marque e Veiga (1999) concluem que o relacionamento com a chefia representa item importante e determinante na construção do ambiente socialmente agradável e produtivo, haja vista a alta correlação demonstrada entre a dimensão normativa e afetiva do comprometimento.

8.3 O que Diminui o Comprometimento dos Talentos com a Organização

Segundo Sá e Lemoine (1999), se existe oposição aos valores culturais da organização, há tendência de surgir divergência, que provoca falta de compreensão e conflitos. O funcionário não se identifica culturalmente com a organização, pode fazer, conscientemente ou não, menos esforços, ou ainda, esforços contrários aos objetivos organizacionais.
Para McGregor (1960), as pessoas quando privadas de oportunidades para satisfazerem as necessidades, são capazes de comportar-se com atitudes negativas. Segundo o autor, os gestores não proporcionam aos empregados meios para eles satisfazerem as necessidades. Rocha e Bastos (1999) defendem que os empregados que percebem de forma negativa o processo de mudança, são passíveis de apresentar padrão de comprometimento com a empresa em que assumem maior relevância a vínculos de natureza não afetiva.
Para Borges Andrade  et  al.  (1990),  os  funcionários  que  estão  em  posição  de  obediência  às solicitações de cooperação no  trabalho  são menos comprometidos. Para os funcionários que percebem sobrecarga de trabalho também se tornam menos comprometidos.
Para Teixeira (apud Chang, 1999), empregados que percebem que a organização não cumpre obrigações, tendem a tonar-se relapsos na mesma proporção.  Apresentam níveis altos de absenteísmo e têm o grau de comprometimento reduzido.




CAPÍTULO IX - POR QUE AS ORGANIZAÇÕES PERDEM TALENTOS


Toda empresa tem como grande objetivo o sucesso. Para isso, elas traçam dezenas de estratégias, estabelecem páginas e mais páginas de regras e, evidentemente, cobram resultados. Muitas delas, entretanto, não sabem como fazer isso. E aí acabam impondo métodos inúteis que, no fim das contas, não dão nenhum retorno, e ainda as fazem perder ativos que, nos últimos tempos, andam cada vez mais preciosos: os bons profissionais.
Para Daniel Maldaner[3], "os profissionais são capazes de desempenhar mais do que o esperado. Entretanto, esbarram em normas, políticas, planos e condutas que as empresas impõem a eles. Com ‘as mãos atadas', muitos profissionais, que são diferenciados e buscam mais oportunidades dentro das empresas, acabam se desestimulando com o 'fazer o mesmo todos os dia' e as chances de crescer profissionalmente. Assim, acabam migrando para outras empresas".
Pesquisa do Instituto holandês CRF, instituição que seleciona e certifica companhias com práticas adequadas em recursos humanos, revela que na Europa 3% das empresas têm dificuldades de preencher vagas de diretores e presidentes. No Brasil, este número é quase nove vezes maior. Já no nível gerencial, a escassez no país é de 44%, enquanto que nas instituições européias chega a 17%.
"Em vez de preparar os colaboradores, é notável que as empresas procuram moldar seus funcionários, evitando correr eventuais riscos e possíveis erros. Essa atitude é ruim para as empresas, que acabam perdendo mercado, e também para os profissionais, que, por falta de oportunidades, mudam suas posturas e passam a ver que são desvalorizados dentro das instituições", afirma Maldaner.
É fato que a falta de mão de obra qualificada atinge diversos segmentos da economia, das pequenas às grandes empresas. E, caso não haja uma mudança de cenário em um futuro breve, as coisas podem ficar bem mais complicadas. "Confiar no profissional e dar oportunidade para o mesmo vencer os desafios com maior autonomia pode ser o primeiro passo para ajudar a sanar estes problemas", conclui Maldaner. 

  
CAPÍTULO X - RETENÇÃO DE TALENTOS

A palavra retenção refere-se à capacidade de uma empresa em manter seus funcionários talentosos, isto é, pessoas que ajudarão suas organizações a permanecer competitivas em um mundo em rápida mudança. É importante salientar que retenção “não significa” continuar a investir em funcionários que, por qualquer razão, não estão contribuindo positivamente com a organização.
Assim sendo, administrar o talento tornou-se a mais importante e desafiadora tarefa dos gestores e das organizações, porque profissionais altamente qualificados que deixam de fazer parte da equipe em busca de outros trabalhos, transformam-se em perdas para as organizações.
A retenção de bons funcionários é indiscutivelmente um dos ingredientes mais essenciais para o sucesso na economia atual do conhecimento, afinal são as pessoas e não máquinas ou ativos financeiros que adquirem, constroem e utilizam este mesmo conhecimento de que as empresas dependem para sobreviver e prosperar em tempos de mudanças acentuadas.
Segundo Nakashima (2003), no texto “Reter Talento, o maior desafio”, a retenção de talentos exige um pensamento em duas grandes dimensões, que envolvem o trabalho: o ser humano e a organização. Reter talentos entende-se por políticas e estratégias que favoreçam a permanência do profissional na empresa. O raciocínio pode ser complexo, mas não se pode esquecer as dimensões do ser humano, que o tornam único e responsável pelos seus desejos e realizações. Em poucas palavras, o que pode ser atrativo (salário, benefícios, plano de carreira, desafios, transparência na comunicação, participação nos acontecimentos) para um profissional, pode não ter o mesmo significado para o outro. A retenção, ou fidelização do funcionário para com a empresa, é influenciada por meio dos referidos atrativos que a empresa oferece e da conciliação dos mesmos, com os objetivos pessoais de cada um. 
Em síntese para Kaye (2004), diretora da Beverly Kaye & Associados, a retenção de talentos é o principal problema das empresas. Solucionar esse problema significa ter empresas mais lucrativas, funcionários mais felizes e mais produtivos e clientes mais satisfeitos. Perder funcionários é também dispendioso.
Estudos mostram que o custo para repor um talento perdido vai de 70% a 200% do salário anual desse colaborador. Há as despesas de anúncios, recrutamento, orientação e treinamento do novo colaborador, diminuição da produtividade, até que o novo colaborador acerte o passo e a perda de clientes fiéis ao colaborador, que deixa a empresa.
Reter talento não poder ser considerado uma tarefa simples e fácil de realizar, porque cada organização tem suas especificidades e possui uma cultura diferenciada, necessitando de um conhecimento analítico de sua natureza e realidade. Torna-se necessário a monitoração e avaliação do grau de satisfação de seus colaboradores, pois serão eles o diferencial competitivo da organização e se não estiverem motivados e comprometidos de nada adiantará ter a melhor tecnologia ou maior diversidade nas opções de serviços.
 Cada vez mais as empresas se utilizam dos benefícios como armas para reter talentos. Ao menos é o que observa pesquisa realizada pela consultoria de seleção de executivos, De Bernt Entschev Human Capital, que ouviu 400 empresas, de pequeno porte a multinacionais, das regiões sul e sudeste. Segundo a consultoria, um bom salário deixou de ser o principal atrativo para os profissionais mais qualificados.
De acordo com o levantamento, dentre os benefícios oferecidos pelas empresas, a assistência médica é o mais comum, presente em 86% das organizações. Em seguida, aparece o auxílio refeição e a assistência odontológica.
Em proporções menores há ainda o auxílio rouparia (para profissionais que precisam trajar-se de maneira mais formal), o auxílio aluguel (para profissionais que precisam se mudar em decorrência da contratação), e a assistência psicológica (para profissionais que trabalham com risco), cabendo lembrar que a oferta de benefícios varia conforme o cargo e a relevância do profissional para a empresa.

Fatores que favorecem a retenção ou a evasão de talentos nas organizações:

FATORES QUE FAVORECEM A RETENÇÃO DO TALENTO
FATORES QUE FAVORECEM A EVASÃO DO TALENTO
Segurança no trabalho. 
Falta de segurança no emprego e apoio para realizar o trabalho.
Equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. 
Falta de integração entre superiores e subordinados.
Ser reconhecido pelo bom trabalho. 
Organização não cumpre com as obrigações
Ter treinamento e desenvolvimento. 
Os funcionários não são envolvidos no processo decisório. As ordens vêm de cima para baixo.
Participar de cultura corporativa alegre e descontraída que valoriza e que oferece a aprendizagem contínua para as pessoas.
Ausência de investimento em treinamento  e desenvolvimento de pessoas.
Ter orgulho da organização que trabalha. 
Insatisfação com o relacionamento entre os colegas e chefias.  Relações abusivas, desumanizadas, críticas e desiguais.
Ser liderado por líder democrático, participativo, compatível e apoiador e que investe no crescimento e na sua evolução.
Estilo de liderança autocrática e prepotente, baseada no autoritarismo e no controle.
Ter desafios e verificar significado no trabalho efetuado.
Insatisfação com as tarefas realizadas e como efetivamente são distribuídas.  Ausência de tarefas desafiadoras. 
Atuar em empresa com atitude vencedora e com visão de futuro.
Falta de perspectiva de crescimento pessoal e profissional.
Receber remuneração fixa e variável compatível com a contribuição destinada aos resultados do negócio.
Salário e benefícios incompatíveis com a contribuição oferecida para os resultados
Sentir que faz parte do grupo e da equipe de trabalho. 
Clima organizacional pesado nos quais as pessoas não são valorizadas e a organização não se desenvolve.





CAPÍTULO XI - CONSIDERAÇÕES FINAIS


Ao longo das últimas décadas, o ritmo das transformações tem produzido alterações significativas nas sociedades e nos modelos de negócios. Talento e liderança estão se tornando recursos cada vez mais limitados. Essa escassez resulta em alterações importantes na complexidade dos negócios e nas expectativas dos funcionários. Como conseqüência, a área de recursos humanos de uma empresa é parte cada vez mais essencial no sucesso profissional, e sua relevância se acentuará ainda mais no futuro.
Frente a um mercado global em que a competitividade e a exigência aumentam assustadoramente, a gestão de talentos é a principal solução de sobrevivência. Com as aquisições, fusões e remanejamentos constantes, hoje em dia não se pode mais falar de “fazer carreira” em alguma empresa ou de “ter um emprego seguro graças a um diploma”. Estes são outros tempos e a capacidade de gerir seus talentos e o curso de sua vida é o que conta. A tendência é cada vez mais reduzir as estruturas físicas, terceirizar e trabalhar em casa em tempo integral ou parcial. A substituição do fator humano pelo tecnológico, incluindo a robotização, está levando de forma crescente a uma situação em que os trabalhos disponíveis exigem talento, criatividade e empreendedorismo.
Conclui-se que somente quando a manifestação do talento individual está alinhada aos valores, missão, visão e necessidades presentes e futuras da empresa, é que é possível dizer que estamos diante de pessoa com o talento desejado. 
Devemos então identificar os talentos essenciais como aqueles que contribuem para a formação das competências essenciais da empresa e que estão efetivamente comprometidos, portanto, dispostos à geração e à preservação de resultados diferenciados. 
Ao analisar a pesquisa, é possível afirmar que o talento é, por excelência, o transformador. E é nesse papel que a organização concentra a expectativa com relação a ele.
Orientado pelos gestores para atingir continuamente melhores resultados, o talento usa permanentemente essa capacidade inerente em busca da excelência.
Por fim, vale dizer que os talentos geralmente são sadiamente insatisfeitos ou rebeldes, mas é por intermédio deles que as empresas podem empreender grandes mudanças e até alcançar os maiores patamares de criatividade. São pessoas persistentes, demandantes, e que geralmente não aceitam facilmente o “não” como resposta.   São propagadores e também condutores de auto-estima e autoconfiança elevadas.
Deixa-se claro que esta foi apenas uma prévia pesquisa, sendo que este tema abrangente nos faz deixar sempre uma busca pelo conhecimento; e este trabalho poderá ser utilizado como fonte de pesquisa e informação para novos estudantes e demais interessados que atuam nessa área (especificamente) e em outras.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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WRISTON, Walter. O Crepúsculo da Soberania. São Paulo. Makron Book, 1994




[1] É definido na língua inglesa como "a capacidade de entender verdades escondidas etc., especialmente de caráter ou situação" portando um sentido igual a "discernimento" ou "a capacidade para discernir a verdadeira natureza de uma situação", o ato ou o resultado de alcançar a íntima ou oculta natureza das coisas ou de perceber de uma maneira intuitiva.
[2] Usada como referência aos produtos de base em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau de industrialização, de qualidade quase uniforme, produzidos em grandes quantidades e por diferentes produtores. Estes produtos in natura, cultivados (soft commodity) ou de extração mineral (hard commodity), podem ser estocados por determinado período sem perda significativa de qualidade.
[3]Consultor associado da Muttare, consultoria de gestão.